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A
meta de matricular 80% das crianças do mundo foi atingida. |
Na área educacional,
um rol de metas foi definido em torno de cinco eixos, desde a ampliação
de programas de educação infantil até a redução
do analfabetismo entre adultos. No que se refere ao desenvolvimento
infantil, três metas merecem especial destaque: levar a educação
básica a pelo menos 80% das crianças em idade escolar,
reduzir a diferença de escolaridade entre meninos e meninas
e, por último, aumentar os conhecimentos, habilidades e valores
que levem as crianças a ter uma vida melhor.
Das três, a única que foi integralmente
cumprida diz respeito ao número de matrículas no ensino
básico. Ele aumentou em todas as regiões do planeta
e, atualmente, 82% do total de crianças em idade escolar
está estudando. O Unicef vê com ressalvas esse progresso
e alerta que aumento de vagas não significa que a educação
dessas crianças tem a qualidade desejada. Além disso,
o relatório diz que mais de 100 milhões de crianças
(60 milhões só de meninas!) continuam longe da escola.
O que mais dificulta a permanência das crianças em
sala de aula é o trabalho
infantil.
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O
analfabetismo entre adultos caiu de 25% para 21%. |
O Unicef estima que um terço dos 190 milhões
de crianças trabalhadoras no mundo, entre 10 e 14 anos, não
tem nenhum contato com a escola. Estar infectado pelo vírus
da Aids ou envolvido em conflitos armados também são
motivos que levam milhões de crianças a se afastar
da escola. É por isso que o Afeganistão e mais de
uma dezena de países ao sul do Saara têm menos de 60%
das crianças em idade escolar matriculadas.
A respeito desses países da África
subsaariana, o Unicef lamenta dois fatos trágicos. Primeiro,
que a baixa escolaridade impeça a população
de levar uma vida melhor, principalmente porque não sabe
como se proteger da Aids. Segundo, que a disparidade da escolarização
segundo o gênero tenha permanecido inalterada na década
de 70. Enquanto, em termos mundiais, a diferença entre o
número de meninos e o de meninas matriculadas em escolas
primárias diminui de 8% para 6%, lá não houve
mudança alguma.
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