Como tratar a dengue?
Não há tratamento específico contra
a dengue. Nenhum remédio combate o agente causador
da moléstia. A cura não existe porque os quatro
sorotipos diferentes do vírus dificultam a criação
de uma vacina capaz de preveni-lo. Calma, as notícias
não são tão dramáticas. É
muito raro que a dengue clássica traga conseqüências
fatais ao paciente. Em 95% dos casos, quem contraiu dengue
apresenta seus sintomas apenas por um período que
varia de 5 a 12 dias.

Aluna explica como tratar a dengue:
com repouso e bebendo
muito líquido. Remédios, só para aliviar
os sintomas.
Na verdade, há medicamentos recomendados, sim, mas
apenas para aliviar os sintomas: dores de cabeça,
no corpo e febre alta. O remédio mais eficaz é
o paracetamol, cuja marca mais conhecida é o Tylenol.
Ele não interfere na coagulação do
sangue e não aumenta o risco de hemorragia. Outro
analgésico, o ácido acetilsalicílico
(AAS), composto usado na fabricação da Aspirina,
deve ser evitado. Ele favorece as hemorragias. A dipirona
é a opção intermediária. Oferece
menos risco que o ASS, mas seu efeito é mais lento
que o do paracetamol.
No mais, os pacientes devem ficar em casa, repousar e beber
muito líquido. Apesar de raramente levar à
morte, se você acha que pegou dengue clássica,
não deixe de procurar um posto de saúde e
faça o exame de laboratório para obter a confirmação.
É muito importante que as autoridades sanitárias
tenham dados corretos sobre o número de casos. Quanto
mais notificações, maior a pressão
por investimentos públicos para combater o mosquito.
Sem falar que essas informações orientam buscas
e visitas de agentes de saúde à procura de
focos do mosquito transmissor.
Confundida com uma simples gripe que passa em poucos dias,
muita gente tem dengue sem saber. Sentem-se mal, mas não
sabem que bicho a morderam. Só que os infectados
viram focos da doença. Se picados novamente pelo
mosquito, ajudam a proliferá-la. Agora, se você
já teve dengue uma vez, a suspeita passa a ser de
dengue hemorrágica. Aí, tudo muda de figura.
A internação é indispensável.
Sem o pronto atendimento e cuidados especiais, a dengue
hemorrágica é letal. Calcula-se que um em
cada cinco portadores pode vir a falecer por falta de cuidados
médicos adequados.
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