Lula e Serra continuam na corrida pela Presidência
A contagem dos votos confirmou o segundo turno entre os candidatos. Agora,
recomeça a busca por alianças que garantam a vitória no dia
27 de outubro.
Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB)
vão disputar o segundo turno pela Presidência. Lula não
conseguiu atingir 50% dos votos válidos mais um, o que garantiria sua
vitória já no primeiro turno, apesar de as pesquisas de alguns
institutos apontarem que isso era possível até a semana passada.
Lula terminou com aproximadamente 46% dos votos válidos, e Serra, com
23,5% (acima do percentual atribuído pelas pesquisas).
Assim que as primeiras prévias começaram a indicar o segundo
turno, ainda ontem, ambos os candidatos passaram a negociar alianças
para a nova fase da eleição. Lula deve obter o apoio do PSB e
de seu candidato, Anthony Garotinho, e também o de Ciro Gomes (PPS),
que, na última semana, deu demonstrações de que apoiaria
o petista em um segundo turno contra Serra. Serra já anunciou que começa,
a partir de hoje (7/10), uma nova ofensiva em busca de aliados. O tucano vai
tentar conseguir o apoio integral do PMDB, do PFL e do PPB, partidos que sempre
integraram a base governista, mas que buscaram caminhos diferentes no primeiro
turno.
Tanto Lula quanto Serra estarão de olho na herança eleitoral
de Anthony Garotinho e Ciro Gomes. Por isso, a principal tarefa de Lula é
conquistar os votos dados à oposição na corrida presidencial.
O apoio da Frente Trabalhista, formada pelo PPS, PSB e PDT, que se fragmentou
antes mesmo da eleição de domingo, será um alvo importante.
A maioria do PSB deve ficar com Lula, o mesmo devendo ocorrer com o PPS, apesar
de o presidente do partido, Roberto Freire (PE), preferir uma aproximação
com o PSDB.
Os aliados de José Serra vão redobrar esforços para reintegrar
o ex-governador Tasso Jereissati (CE) à campanha de Serra. Tasso seria
a alternativa política para atrair os votos de Ciro no primeiro turno.
Apesar de coligado com o PSDB, o PMDB dividiu-se no apoio a Serra no primeiro
turno, assim como o PFL e o PPB. Os principais entraves à adoção
de uma posição partidária consensual em favor de Serra
são o ex-senador Antonio Carlos Magalhães e a ex-governadora Roseana
Sarney (MA), ambos do PFL. Em caso de vitória de Lula no segundo turno,
o pai de Roseana, o senador José Sarney (PMDB-MA), é nome forte
para a presidência do Senado.
Mais votados
“Meu nome é Eneas”. Com a frase que o imortalizou como uma
das figuras mais emblemáticas da vida política do país,
o candidato Eneas (Prona), que desistiu neste ano de se candidatar à
Presidência e disputou o pleito para deputado federal em São Paulo,
é de longe o mais votado do Brasil. Enéas ultrapassou a marca
de um 1,5 milhão de votos em São Paulo e se tornou o deputado
federal mais votado da história das eleições no Brasil.
Já o PT, que desbancou o PSDB como a terceira maior bancada na Câmara
de Deputados e no Senado, teve, com mais de 10 milhões de votos, Aloizio
Mercadante (também de São Paulo) como o senador mais votado nessas
eleições.
Leia mais:
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o perfil de Luiz Inácio Lula da Silva.
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o perfil de José Serra.

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