Por César Munhoz 22/05/2007
A década de 90 assistiu a um aumento
extraordinário do número de crianças brasileiras na escola.
Pelo menos no Ensino Fundamental, a porcentagem de jovens matriculados atualmente
é de 93%. Ou seja, no Brasil, quase todo mundo está na escola.
Mas em que tipo de escola? Essa que conhecemos, na qual falta infra-estrutura,
falta material didático, falta professor, falta remuneração
digna para o professor, falta até aluno (apesar de o número de
matrículas ser grande, a evasão escolar continua sendo um dos
principais problemas no Brasil).
Quanto às estatísticas... bem, até pouco tempo, nem havia
estatísticas confiáveis a respeito do sistema educacional brasileiro.
Era como saber que se está doente, mas não saber de quê,
e, conseqüentemente, não saber o que fazer para melhorar.
O recém-lançado Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica), que cruza dados da Prova Brasil com informações
sobre repetência e evasão escolar, deu uma idéia clara da
gravidade da situação. Em uma escala de zero a dez, as turmas
da 1.ª à 4.ª série atingiram, em média, nota
3,8. Da 5.ª à 8.ª série, a nota foi 3,5 e, no Ensino
Médio, 3,4.
O Ideb é uma das 28 medidas que compõem
o PDE, o Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado
em 24 de abril de 2007 pelo governo federal. Apelidado de “PAC da Educação”,
o PDE parece ser uma resposta ao avanço quantitativo da década
anterior, com projetos que visam o aprofundamento do diagnóstico da Educação
e a melhoria da qualidade. A seguir, você confere os principais aspectos
do plano, com opiniões de especialistas e comentários sobre as
questões que mais têm chamado a atenção da opinião
pública.
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